quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Meu amigo companheiro

Sentado numa cedeira de balanço, na sombra do meu oitão, lembro como se fosse ontem, do meu querido companheiro, meu gibão velho remendado, que de tanto eu correr na madeira se rasgou, era ele uma fonte de lembranças dos meus queridos avós, que no dia de meu aniversário, com muito amor meu avô me presenteou e as seguintes palavras ele em meu ouvido falou ''Cuide bem de seu novo companheiro, já me vestiu e hoje vestirá você''.
   Um certo dia correndo uma vaquejada, conheci um bate-esteira, que me pediu emprestado meu querido gibão, como não conseguir recusar, entreguei nas suas mãos, fiquei em pano. A vaquejada acabou e no meio da multidão, não achei o vaqueiro que me pediu o gibão, ele sumiu partindo meu coração. Após isso eu não quis mais correr, ganhei muitos de presente, mais nada adiantou, desisti de correr vaquejada, correr na madeira atrás do gado, doei minha sela e meus arreios, e sempre fico no desespero ao lembrar do meu velho companheiro.
       
                                                                          Por Daniele Thais, 06 de setembro de 2017.

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